4 de outubro de 2021

A importância da linguagem corporal para uma boa comunicação


A comunicação é uma habilidade inata em cada um. Mesmo antes de aprender a falar, essa aptidão já estava inserida no nosso dia a dia com gritos, choros, caras e bocas. Não sendo só verbal, desse modo, a conversação é a característica usada para sinalizar alguma vontade, sentimento, emoção, informação ou notícia.

Ter um bom discurso é um cartão de visitas pessoal e profissional

Na década de 80, Ray Birdwhistell foi um antropólogo americano pioneiro nos estudos da linguagem corporal. Para ele, apenas 35% do significado social de qualquer interação corresponde às palavras pronunciadas, pois o homem é um ser multissensorial. Já os outros 65%, acontecem por meio de gestos, olhares e demais recursos silenciosos.

Com base no estudo “The Power of Trust: How Companies Build It, Lose It, Regain It” das Universidades de Harvard e Columbia, a pesquisadora Amy Cuddy, de Boston (EUA), afirmou: “nossos corpos mudam nossas mentes e elas podem transformar nosso comportamento e assim alterar nosso destino”.

Ou seja, essa capacidade é essencial e indispensável. “Por meio dos gestos conseguimos estimular o canal visual dos ouvintes, aumentando as chances de eles reterem melhor e por mais tempo as informações transmitidas. Em outras palavras, se usada com equilíbrio, a expressão corporal dá vida ao discurso, passa segurança e confiança na mensagem”, diz a mestre e doutora em ciências e expressividade, especialista em oratória, Cristiane Romano, de Arcos (MG).

Então, para usar a linguagem corporal a seu favor, a expert elencou algumas dicas. Veja:

Atente-se à postura – se o intuito é passar entusiasmo, jamais mantenha os ombros contraídos e caídos. “Esse porte transmite desânimo, cansaço ou até desleixo. Já os braços cruzados demonstram uma apresentação defensiva ou desinteressada. O ideal é mantê-los na região da cintura e do peito”, sugere.

Cuidado com os gestos – arrumar a roupa, ajeitar o cabelo ou até se coçar devem ser evitadas ao máximo, pois, além de deselegantes, podem desviar a atenção do público, os atrapalhando no seu discurso. “Para evitar gestos involuntários, use as mãos para fazer referências, como enfatizar tamanhos, direções ou quantidades”, exemplifica Cristiane.

Lembrem-se: os olhos são a janela da alma – ficar olhando ao seu redor demonstra desinteresse, assim como voltar-se para baixo, sem encarar o espectador, denota insegurança. O “olho no olho” é importante.

Pense antes de se movimentar – “você não precisa ficar a apresentação inteira feito estátua, mas sua gesticulação deve ser lógica e complementar. O indicado é acompanhar o ritmo da fala e o contexto do assunto. Manter o peso do corpo apoiado em uma única perna também é deselegante. Deixe as plantas dos pés bem apoiadas ao chão e ligeiramente afastadas, sem pender para qualquer dos lados”, descreve.

Seja natural, mas nem tanto – torcer o nariz, os dedos ou piscar repetidamente são trejeitos despercebidos no dia a dia, mas podem ser potencializados quando se está diante de uma plateia. O ideal é mostrar naturalidade e simpatia quando o tema permitir. Isso cria sintonia com o ouvinte.

Portanto, é inegável: falar bem é fundamental no discurso! “Contudo, é necessário compreender isso apenas como parte de um conjunto de fatores. Embora seja possível não conseguir controlar todos os aspectos devido ao nervosismo, vale se exercitar constantemente. Se for preciso, conte com o suporte de um especialista para ajudá-lo a se livrar dos maus hábitos”, finaliza Cristiane.

Fonte: Nube

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