22 de janeiro de 2018

Geração Y x mercado de trabalho


Por causa da tecnologia, a vida está globalizada e os dispositivos móveis, sempre conectados, acabaram com a divisão entre o trabalho e a casa, deixando a separação entre vida pessoal e carreira cada vez mais fragilizada. Hoje, é possível acessar os e-mails corporativos de qualquer lugar e a tendência é a jornada de serviço ficar flexível.

Essa juventude vai, então, em busca de corporações colaborativas e com maior liberdade, com ferramentas e ambientes dinâmicos. Muitos têm um perfil empreendedor ou um desejo de ascender rapidamente. A procura por autonomia comprova o desejo por trabalhos nos quais consigam versatilidade e rédeas de suas próprias rotinas.

O carioca André Ávila, tem 27 e já teve bastante contato com profissionais da Geração X. Para ele, uma das principais características dos colaboradores mais experientes é o fato de serem conservadores em relação aos processos e hierarquia. “O sonho da minha mãe era eu entrar em uma empresa tradicional, mas sempre quis fazer parte de um empreendimento em crescimento, no qual eu pudesse me desenvolver ao mesmo passo”, conta. Segundo o Cientista de dados da Mobi2Buy, nesse tipo de organização há menos burocracia, assim como cargos hierarquizados.

De acordo com Mariane Guerra, vice-presidente de Recursos Humanos para América Latina da ADP, se adequar a essa nova realidade é uma forma de cativar os colaboradores. “Os líderes estão começando a olhar para isso agora, mas não estão 100% focados”, afirma. Para ela, quem souber se adaptar vai conseguir atrair e reter talentos.

Diogo Veiga tem 35 anos, é Gerente de Projetos da ADP e conta ver alguns pontos específicos em quem já se adapta ao novo cenário. Existe, por exemplo, uma preocupação em mostrar o propósito do trabalho, além dos objetivos pontuais e tarefas do dia a dia. “Os Millenials não têm as mesmas amarras de antes. Eles buscam por um espaço com o qual se identifiquem. Querem evoluir pessoal e profissionalmente”, enfatiza. Segundo Mariane, eles buscam por flexibilidade e liberdade. “Por isso, os gestores também precisam abandonar a proibição do uso de redes sociais e devem incluir dias de home office na jornada”, acrescenta Mariane.

Em diversas empresas, eles já são a maioria. Movidos por propósitos, não hesitam em sair do trabalho se não sentem empatia com os chefes. “Eles são protagonistas da sua própria carreira”, completa a vice-presidente.

E você, já se adaptou?


Fonte: Nube

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